Jun 2, 2003

Síndrome da energia negativa

Lembram-se da primeira vitória do Rubinho na F1, no ano 2000? Foram sete anos de espera, porém foi emocionante ver o piloto brilhar no circuito de Hockenheim, da Alemanha. Agora imagine durante todo esse tempo a cobrança interpessoal, a insolência e os números desaforos que Rubens suportou...

Todos nós, em algum momento já nos sentimos como Barrichello, especialmente quando aquelas pessoas que além de não seguir seu próprio caminho tendem a ficar jogando pedra no dos outros. Passam por você, falam algo e em alguns minutos acabam com o seu dia. Assim: “Você... levando trabalho para casa no final de semana?! E a família, o lazer?!” Essas pessoas são como virus, deixam você de molho, acabam com sua energia positiva.

O virus se multiplica por 10 caso ele esteja hierarquicamente acima de você, sabe aquele chefe insolente que fica o tempo todo “pegando no seu pé”? Esse sujeito muitas vezes desmotiva a equipe, consequentemente a produtividade diminui, atrasos começam a aparecer.

É plenamente possível conviver com chefes e colegas rabugentos, a idéia é inverter os papéis, ou seja, quando o sujeito que senta a sua frente vier com aquela história boba: “Você fazendo curso de francês à noite e ainda pagando do bolso?”, mostre para ele os benefícios da sua escolha, o que você tem a ganhar a longo prazo dedicando-se ao projeto, convide o para conhecer a instituição, quem sabe ele não gosta? Você já pode se considerar um herói, além disso você só tem a ganhar.

O principal “segredo” da persuasão é mostrar as oportunidades para ouvinte. Levando-se em conta que a maioria das pessoas toma decisões considerando quatro variáveis: beneficio, custo, alocação e custo oportunidade, você conseguirá 25% só mostrando o lado positivo, o restante é com você, use sua criatividade!

Então amanhã quando você chegar no escritório e ver o chefe mal-humorado, abra um largo sorriso e diga: “Bom Dia”, já é um bom começo.